A intervenção visual de Marcelino Melo traz reflexões sobre as desigualdades e a criatividade presentes nas comunidades periféricas diante da exposição Quebradinha: escrevendo o hoje para que o amanhã não fique sem ontem.
O projeto Quebradinha começou em novembro de 2019 a partir das pesquisas do artista na região da Zona Sul de São Paulo, onde mora, e se estendeu por outras periferias, onde Nenê encontrou similaridades nas construções. Ao observar a periferia de cima, através de fotografias feitas por ele com drones, Nenê percebeu elementos que se repetem e que caracterizam as construções da região.
As obras, que demoram em média quatro meses para ficarem prontas, trazem identificação imediata em todos os que moram ou já frequentaram as periferias da cidade e refletem o diálogo entre fotografia e artes plásticas, uma vez que partem da observação aérea, e culminam na construção das casinhas.
Cada miniatura construída tem também o objetivo de ser um registro histórico do viver nas favelas e comunidades, com seus modos de fazer e suas características próprias. Nas palavras do artista, “território, memória e afetividade: esses três são os eixos principais da pesquisa inteira, do que é a Quebradinha.”
“Quebradinha” fica em exposição até o dia 15 de dezembro no Sesc Itaquera, De quarta a domingo das 9h às 17h. O acesso é gratuito e o espaço possui estacionamento pago para visitantes e credenciados.
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