Para integrar a exposição “Manto em Movimento” , o objeto considerado sagrado entre a sociedade Tupinambá foi apresentado hoje (24) no museu e possui quase 4 mil penas em sua construção.
Os mantos eram usados em rituais específicos pelo pajé, cacique e pelas sacerdotisas da aldeia, algumas peças sobreviveram ao tempo, mas estão todas em exposições e museus espalhados pela Europa.
Após anos de pesquisa, a ativista e pesquisadora Glicéria Tupinambá encontra não só dados que dizem respeito à responsabilidade das mulheres na confecção dos mantos, mas também da participação feminina na vida política e ritual dos Tupinambá.
Ao reencontrar as figuras invisibilizadas pela história de Moema, Catarina e Madalena, Glicéria desenvolve uma reflexão sobre a participação política das mulheres Tupinambá, no autogoverno e na relação diplomática com os não-indígenas.
No evento, Glicéria Tupinambá e lideranças indígenas de São Paulo fizeram uma roda de conversa com os visitantes sobre cultura ancestral e o autogoverno Tupinambá. Agora a atividade é parte integrante da 17a edição da Primavera dos Museus, que tem como tema “Memórias e democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas”.
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